quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Estação da luz

     Estaçao da luz 

                  

    O bairro da Luz é considerado um dos mais antigos da cidade de São Paulo, fato esse que está registrado em uma carta do padre José de Anchieta, datada de 1579. Em meados do século XVI I e XVIII, o bairro da Luz era caracterizado por fazendas de gados, cujos fazendeiros eram de Bragança, Sorocaba e Atibaia. Após anos, transformaram o local em um centro comercial.
       O parque da Luz, criado inicialmente em 1790 com a proposta de ser um Jardim Botânico, e em 1825, após a reforma, é inaugurado como Jardim Público com objetivo de proporcionar um espaço de lazer à população.

São Paulo railway





     A São Paulo Railway Company (SPR) foi a primeira ferrovia construída em São Paulo, e a
segunda no Brasil. Financiada com capital inglês, sua construção foi iniciada em 1860,
enfrentando muitas dificuldades técnicas durante a implantação, principalmente no trecho da
Serra do Mar. A concessionária teve o privilégio de exploração da linha por um período de 90
anos, o que lhe garantiu a condição de maior empresa ferroviária do Brasil e em volume de
carga. A inauguração aconteceria em 1867 e a denominação Estrada de Ferro São Paulo Railway
Company se manteve até o ano de 1946. A ferrovia, com 159 km, ligava o município de Santos
ao de Jundiaí, tendo como ponto de passagem a cidade de São Paulo; cruzava os municípios de
Cubatão, Santo André (Paranapiacaba), Rio Grande da Serra, Ribeirão Pires, Mauá, novamente
Santo André (área central) e São Caetano do Sul até chegar à capital paulista.



início da ferrovias no Brasil

     



História das Ferrovias

      Por volta do ano de 1776 os trilhos de madeira começaram a ser trocados por trilhos de ferro, o que caracterizou a rail way, ou seja, a linha férrea, termo que acabou sendo difundido mais tarde, no século XIX. Foi no ano de 1804 que surgiu a primeira locomotiva movida com um motor a vapor, inovação criada pelo engenheiro britânico Richard Trevithick. Esse evento histórico ocorreu na cidade inglesa de South Wales, quando foram carregadas 18 toneladas de ferro e 70 homens por 14 km. Quando a velocidade chegou aos 8 km/h os trilhos não resistiram e quebraram.
    Com mais força e velocidade, as máquinas foram substituindo os cavalos, proporcionando o aumento do número de vagões e da quantidade de carga transportada pelas composições. A partir dessa época foram ocorrendo diversas melhorias técnicas nos trilhos e nas locomotivas. As ferrovias estabeleceram uma perspectiva diferente sobre a ideia de transporte de cargas mais pesadas e por longas distâncias.Em razão das possibilidades de mobilidadetambém no meio urbano, as linhas férreas passaram a ser uma opção para o transporte de passageiros. Nesse sentido, a Inglaterra tomou a frente no que corresponde a essa modalidade, inaugurando em 1812 na cidade de Leeds a primeira composição para transportar exclusivamente passageiros.
     O ano de 1830 ficou marcado como o início da Era das Ferrovias, quando foi inaugurada a primeira linha férrea de longa distância para passageiros em escala comercial e com horários regulares, entre as cidades inglesas de Liverpool e Manchester. No primeiro ano de funcionamento, a linha entre essas duas cidades transportou 460.000 passageiros. Em 1863 a Inglaterra criou a primeira linha subterrânea, integrando um sistema de transporte metropolitano e que mais adiante foi chamado de metroway.
   Entre o final da década de 1870 e início da década de 1880 foram desenvolvidos os primeiros sistemas férreos movidos a eletricidade, criado por engenheiros alemães. A primeira linha férrea usando eletricidade conduzida por cabos suspensos foi no ano de 1883, entre as cidades de Mödling e Hinterbrühl Tram na Áustria.

Fazenda de café do Oeste Paulista






 
                    





     O artigo examina relações entre fazendeiros de café e trabalhadores negros
após a abolição no município de São Carlos, no Oeste paulista, focalizando sobretudo,conflitos violentos registrados em autos penais. Os negros reivindicavam
respeito e dignidade, e lutavam para defender seu direito à privacidade; os fazendeiros, ainda ressentidos pela rebeldia dos escravos nos últimos anos antes da abolição,se irritavam com qualquer sinal de desacato dos negros, recorrendo rapidamente à violência para os rebaixar e humilhar, tendência que manifestavam menos nos conflitos com trabalhadores imigrantes. Os imigrantes que compraram fazendas de café ou assumiram posições de autoridade nas fazendas rapidamente internalizaram as mesmas disposições raciais exibidas por seus congêneres brasileiros.

Fazenda de café do vale do paraíba

 Cheiro de café fresquinho, pão quente, fogão a lenha, panela de barro. Casarões com imensas janelas, varandas que convidam à preguiça. Serestas em noites estreladíssimas. Porteiras abertas, para uma viagem no tempo através das histórias e sabores da fazenda. Este é o Vale do Paraíba. Entre as Serras do Mar e da Mantiqueira, o Vale do Paraíba, em seu trecho mais alto, teve importância econômica fundamental para o Estado do Rio de Janeiro no século XIX, com o cultivo do café, produto que foi a base da economia imperial e da República Velha (1889-1930). A riqueza fluía pelos cafezais, evidenciada nas elegantes mansões dos fazendeiros.Este tempo passou, mas o ciclo de ouro do café deixou no Vale do Paraíba, um legado arquitetônico e cultural magnífico: as fazendas de café.

Vale do Paraíba




        O café foi trazido para o Brasil em 1727, por Francisco de Melo Palheta, que levou as mudas para o Pará. No início, era utilizado apenas no consumo doméstico, e acredita-se que, por volta de 1760, já existissem pequenos cultivos no Rio de Janeiro.
       Foi ao longo do Vale do Paraíba, região que abrange terras do Rio de Janeiro e de São Paulo, que o café, considerado um artigo de sobremesa, se tornou o principal na pauta de exportação brasileira. Desde o período regencial, o café já propiciava grandes lucros para o país, mas foi no Segundo Império que a produção atingiu seu apogeu.
      A região do Vale do Paraíba era bastante apropriada para a cafeicultura, pois era abundante em terras virgens e tinha um clima favorável. A implantação das fazendas se deu pela tradicional forma de plantation, ou seja, grandes propriedades, cultivo para exportação e uso de mão-de-obra escrava.
    Para começar a produção de café era necessária uma boa quantidade de recursos, pois se tinha de comprar escravos, derrubar a mata e preparar a terra. O cafeicultor não teria um lucro imediato com a plantação, já que os cafezais só produzem depois de quatro anos. Por isso, acredita-se que os primeiros cafeicultores já tinham um capital de reserva, provavelmente oriundo da expansão do comércio que houve após a vinda de Dom João VI, em 1808.
      A produção era feita através do uso extensivo do solo, ou seja, somente quando a terra não tinha mais nutrientes necessários é que se trocava de região, deixando a antiga abandonada ou para pequenas plantações. Os instrumentos de trabalho eram, praticamente, apenas a enxada e a foice. Quando a planta começava a produzir, os escravos colhiam o café manualmente.

quarta-feira, 8 de outubro de 2014


Segundo Reinado

         

        O Segundo Reinado iniciou-se com a declaração de maioridade de Dom Pedro II, realizada no dia 23 de julho de 1840. Na época, o jovem imperador tinha apenas quatorze anos de idade e só conseguiu ocupar o posto máximo do poder executivo nacional graças a um bem arquitetado golpe promovido pelos grupos políticos liberais. Até então, os conservadores (favoráveis à centralização política) dominaram o cenário político nacional.
     Antes do novo regime monárquico, o período regencial foi caracterizado por uma política conservadora e autoritária que fomentou diversas revoltas no Brasil. As disputas políticas do período e o desfavor promovido em torno do autoritarismo vigente permitiram que a manobra em favor de Dom Pedro de Alcântara tivesse sustentabilidade política. Nos quarenta e nove anos subsequentes o Brasil esteve na mão de seu último e mais longevo monarca.
         Para contornar as rixas políticas, Dom Pedro II contou com a criação de dispositivos capazes de agraciar os dois grupos políticos da época. Liberais e conservadores, tendo origem em uma mesma classe socioeconômica, barganharam a partilha de um poder repleto de mecanismos onde a figura do imperador aparecia como um “intermediário imparcial” às disputas políticas. Ao mesmo tempo em que se distribuíam ministérios, o rei era blindado pelos amplos direitos do irrevogável Poder Moderador.
     A situação contraditória, talvez de maneira inesperada, configurou um período de relativa estabilidade. Depois da Revolução Praieira, em 1847, nenhuma outra rebelião interna se impôs contra a autoridade monárquica. Por quê? Alguns historiadores justificam tal condição no bom desempenho de uma economia impulsionada pela ascensão das plantações de café. No entanto, esse bom desempenho conviveu com situações delicadas provindas de uma economia internacional em plena mudança.        

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